A oração e a elevação moral são recursos essenciais para afastar o animismo e garantir uma comunicação espiritual fiel, segundo os princípios do Espiritismo.
No universo da mediunidade, a autenticidade da comunicação espiritual é essencial. Segundo o Espiritismo, o animismo — quando o próprio médium interfere nas mensagens espirituais — pode comprometer a veracidade da informação transmitida. Mas como evitar essa influência inconsciente e garantir uma mediunidade pura e fiel aos ensinamentos dos Espíritos? Neste artigo, vamos abordar estratégias eficazes para evitar o animismo, com base na codificação espírita, promovendo uma prática mediúnica mais clara, ética e segura.
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O termo animismo refere-se à manifestação inconsciente do conteúdo mental do próprio médium durante uma sessão mediúnica. Ou seja, em vez de transmitir mensagens de espíritos desencarnados, o médium expressa ideias, emoções e imagens de sua própria mente — mesmo sem intenção.
Segundo Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, é importante distinguir a comunicação genuinamente espiritual daquela que sofre interferência anímica. Essa distinção exige preparo, estudo e vigilância por parte dos médiuns e dos grupos mediúnicos.
Evitar o animismo é possível através de práticas conscientes, disciplina espiritual e estudo contínuo. Veja algumas orientações segundo o Espiritismo:
O conhecimento doutrinário sólido, especialmente das obras de Allan Kardec, é o primeiro passo para reduzir o risco do animismo. O médium preparado é mais capaz de identificar quando suas emoções ou pensamentos estão interferindo na comunicação espiritual.
Leitura recomendada: O Livro dos Médiuns – Allan Kardec (FEB)
Conhecer suas próprias emoções, limitações e tendências psicológicas permite ao médium identificar possíveis projeções inconscientes. A reforma íntima ajuda na elevação moral e no desenvolvimento da sensibilidade espiritual equilibrada.
A prece antes das reuniões mediúnicas é essencial. Ela protege, harmoniza e sintoniza o grupo com os Espíritos superiores, dificultando interferências anímicas e obsessivas.
A disciplina, a seriedade e a afinidade moral do grupo mediúnico são determinantes na qualidade das comunicações. Ambientes desorganizados ou com intenções equivocadas favorecem interferências psíquicas e espirituais indesejadas.
Reconhecer que a mediunidade é uma ferramenta de serviço ao próximo, e não um espetáculo, ajuda o médium a manter-se humilde e menos suscetível à vaidade — uma das portas de entrada do animismo.
Kardec orienta que nem toda manifestação anímica é negativa. Em alguns casos, os Espíritos se valem do conhecimento do médium para facilitar a comunicação. No entanto, quando o ego do médium se impõe à mensagem, a comunicação torna-se contaminada e pouco confiável.
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