Divaldo Franco durante uma de suas conferências sobre espiritualidade e caridade.
Divaldo Pereira Franco, um dos mais renomados médiuns e oradores espíritas do Brasil, teve uma vida marcada por fenômenos mediúnicos desde a infância. Entre todas as suas experiências, uma das mais impressionantes foi a perseguição por um espírito obsessor que durou décadas. Neste artigo, exploraremos em detalhes quem era esse espírito, a natureza dessa relação conturbada e como tudo se resolveu através da compaixão e do perdão.
O espírito que perseguiu Divaldo Franco se apresentava como um antigo sacerdote romano, sempre com o rosto coberto por uma máscara que lembrava a personagem do filme “O Homem da Máscara de Ferro”, porém com aparência incandescente. Por essa característica marcante, Divaldo o apelidou de “Máscara-de-Ferro”.
Segundo os relatos do próprio médium, esse espírito apareceu pela primeira vez quando Divaldo tinha apenas 7 anos de idade 23, mantendo uma perseguição que se estenderia por impressionantes 30 anos 1. A entidade se comunicava inicialmente de forma educada, mas progressivamente tornou-se mais agressiva e ameaçadora.
A biografia de Divaldo Franco revela que essa relação conflituosa tinha raízes em encarnações anteriores. No século XVII, ambos teriam sido religiosos na França. Nessa época, Divaldo, em sua encarnação anterior, teria provocado a interrupção da encarnação do futuro “Máscara-de-Ferro”, criando um laço cármico negativo entre os dois.
O espírito obsessor acusava Divaldo de ter traído um compromisso espiritual: “Você se comprometeu conosco – a chamada Igreja militante – para engrossar as fileiras do clero, quando retornasse à Terra, e traiu-nos vergonhosamente, indo participar de uma doutrina abjeta”. Essa referência à “doutrina abjeta” seria ao Espiritismo, que o espírito declarou ter como missão destruir durante uma manifestação pública em 1960 1.
A influência negativa desse espírito obsessor se manifestou de várias formas ao longo dos anos:
Tentativa de Suicídio: Aos 19 anos, o espírito quase levou Divaldo ao suicídio, convencendo-o a entrar no mar com as palavras: “Não tenhas medo. É a libertação”. Ele foi salvo por um grupo de jovens que brincava na praia.
Agressão Física: Divaldo relatou ter sido atacado fisicamente por um desconhecido na rua da Misericórdia, em Salvador, atribuindo o episódio à influência do espírito obsessor, que teria aproveitado a raiva do agressor.
Perturbações Constantes: Desde a infância, o espírito causava medo e perturbação, aparecendo frequentemente com sua máscara incandescente para ameaçar e intimidar o médium.
O desfecho dessa longa história de perseguição veio de forma inesperada e tocante. Divaldo, já adulto e dirigindo a Mansão do Caminho (centro espírita que fundou em 1952), acolheu uma criança desnutrida em situação de extrema vulnerabilidade.
Posteriormente, o espírito “Máscara-de-Ferro” apareceu emocionado e revelou que aquela criança era a reencarnação de sua mãe. Ao ver sua mãe sendo cuidada com amor por Divaldo, o espírito obsessor finalmente se rendeu, transformando completamente sua relação com o médium.
O que mais impressiona nessa história é a completa transformação que ocorreu após esse episódio. O mesmo espírito que antes ameaçava e perseguia Divaldo passou a:
Frequentar as reuniões mediúnicas
Levar outras entidades sofredoras para serem socorridas
Colaborar ativamente no trabalho mediúnico
Divaldo relatou que o vínculo entre os dois se transformou profundamente, e o antigo perseguidor passou a ajudar no resgate de outros espíritos em situação semelhante à sua
Essa extraordinária experiência de Divaldo Franco ensina várias lições importantes:
O poder transformador do amor e da compaixão: Um simples ato de caridade foi capaz de dissolver décadas de ódio e perseguição.
A complexidade dos laços cármicos: Mostra como relações de vidas passadas podem influenciar o presente.
A possibilidade de redenção: Mesmo os espíritos mais perturbados podem encontrar o caminho da luz.
A importância do perdão: Divaldo manteve empatia pelo seu perseguidor, vendo nele uma alma perturbada e arrependida.
A história do espírito “Máscara-de-Ferro” e sua relação com Divaldo Franco é um dos casos mais marcantes da literatura espírita brasileira. Registrada na biografia “O Semeador de Estrelas” e mencionada em diversas fontes sobre a vida do médium, essa experiência ilustra de forma vívida os princípios da doutrina espírita sobre obsessão, reencarnação e redenção.
Mais do que uma simples história de perseguição espiritual, é um testemunho do poder transformador do amor e da caridade, valores que Divaldo Franco cultivou durante toda sua vida e que continuam inspirando milhões de pessoas em todo o mundo.
Você já acordou sentindo que recebeu uma visita especial em seus sonhos, alguém querido que…
Você já ouviu falar da Mesa Branca no contexto do Espiritismo, mas ainda tem dúvidas…
Você já se perguntou como saber se a pessoa que faleceu realmente está bem? Esta…
Você já se perguntou se realmente é possível que um ente querido que já partiu…
Você já se perguntou qual é o verdadeiro papel da alegria na busca pela felicidade…
Você já acordou de um sonho vívido onde um parente falecido apareceu para você? Esse…
View Comments