Fotografia de um caixão fechado, adornado com flores brancas e amarelas, em um ambiente solene. A cena transmite respeito e serenidade, com o fundo discretamente iluminado, remetendo a uma cerimônia de despedida.
O silêncio da matéria, a luz da eternidade — homenagem ao legado imortal de Divaldo Franco. Imagem/Reprodução/TV Globo

Por que o caixão de Divaldo Franco ficou fechado durante o velório?

O velório do renomado médium espírita Divaldo Franco foi marcado por uma decisão que chamou a atenção de muitos: o caixão permaneceu fechado durante toda a cerimônia. Esse ato, longe de ser um mero protocolo, carregava profundos significados espirituais e emocionais que refletiam a própria filosofia de vida do líder espírita.

1. Um Último Ato de Humildade e Sabedoria

Divaldo Franco, conhecido por sua extrema humildade, havia deixado expresso o desejo de que seu velório fosse realizado com simplicidade. O caixão fechado representava seu último gesto de discrição, evitando que as pessoas fixassem na memória a imagem de seu corpo sem vida. Ele preferia ser lembrado pelo seu sorriso acolhedor, por suas palavras sábias e pelo amor que dedicou a tantas pessoas durante seus 98 anos de vida.

2. A Filosofia Espírita da Desencarnação

Na doutrina espírita, a morte é vista como uma transição, um renascimento para a vida espiritual. Divaldo, que dedicou décadas estudando e divulgando esses ensinamentos, naturalmente desejava que sua partida fosse encarada como um momento de celebração da vida, não de luto. O caixão fechado simbolizava essa visão, enfatizando que o essencial – seu espírito e legado – continuaria vivo.

3. Preservando a Memória Afetiva

Como figura paterna para centenas de crianças acolhidas na Mansão do Caminho, Divaldo construiu uma imagem de vitalidade e amor. Muitos de seus seguidores e afilhados o conheciam como um homem sempre sorridente e cheio de energia. Manter o caixão fechado foi uma forma de preservar essa memória afetiva, evitando que a última imagem física substituísse as inúmeras lembranças positivas que deixou.

4. Um Velório Coerente com sua Vida Simples

Consistente com sua vida de simplicidade, Divaldo pediu expressamente:

  • Nenhum cortejo fúnebre com carro aberto

  • Doações para a Mansão do Caminho no lugar de flores

  • Cerimônia discreta e sem ostentações

Esses pedidos refletiam sua personalidade e seu compromisso inabalável com a obra social que fundou em 1952, mostrando que mesmo em sua despedida, seu pensamento estava voltado para o bem coletivo.

5. Uma Despedida em Paz

O médium faleceu tranquilamente em sua residência na Mansão do Caminho, cercado pelo amor de seus “filhos” espirituais. Seu sepultamento no Cemitério Bosque da Paz, ao lado de seu grande amigo Nilson de Souza Pereira, marcou o encerramento de uma jornada terrena extraordinária, mas o início da perpetuação de seu legado espiritual.

Conclusão: Um Adeus que Ensina

A escolha pelo caixão fechado foi muito mais que uma preferência pessoal – foi uma última lição de Divaldo Franco sobre como encarar a transição espiritual. Através desse gesto simples mas profundamente simbólico, ele nos lembra que o que realmente importa não é o corpo físico, mas as obras, os ensinamentos e o amor que deixamos como legado.

Divaldo partiu como viveu: com simplicidade, coerência e um profundo respeito pela vida em todas as suas dimensões. Sua mensagem continua viva através dos mais de 70 livros psicografados, da Mansão do Caminho e, principalmente, nos corações das milhares de pessoas que tocou com sua sabedoria e amor incondicional.

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