A doutrina espírita, codificada por Allan Kardec, aborda com clareza e profundidade o fenômeno da influência espiritual. Um dos temas mais delicados e recorrentes é a presença de “espíritos enganadores” — entidades desencarnadas que se aproveitam da ignorância, da fragilidade emocional ou da sintonia inferior de ambientes e pessoas para manipular, perturbar e influenciar negativamente.
Este artigo tem como objetivo explicar, segundo os fundamentos da codificação espírita, como identificar e libertar a casa da influência desses espíritos, sempre com base nas obras essenciais como O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Segundo o Livro dos Médiuns, os espíritos são classificados moralmente de acordo com seu grau de evolução. Os chamados “espíritos enganadores” pertencem a uma classe inferior, caracterizada pela leviandade, mentira, malícia e desejo de enganar. Muitas vezes se passam por espíritos elevados, tentando impressionar médiuns e famílias com promessas, profecias e manifestações duvidosas.
Esses espíritos agem por prazer ou por interesse e podem causar desequilíbrios psicológicos, familiares, emocionais e até físicos em ambientes despreparados.
O ambiente doméstico é, segundo o espiritismo, um ponto de grande sensibilidade energética. De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXVIII, a prece em família, a harmonia entre os entes queridos e a prática do bem criam uma espécie de “campo magnético” que protege a residência contra entidades inferiores.
Por outro lado, ambientes onde há desentendimentos constantes, vícios, rancor ou ausência de espiritualidade, tornam-se locais de fácil acesso para espíritos enganadores.
A doutrina espírita não estimula o medo ou a superstição, mas ensina o discernimento e a vigilância. Alguns sinais recorrentes de influência espiritual negativa no lar, segundo relatos e observações em centros espíritas, incluem:
Esses sintomas devem ser avaliados com serenidade e, preferencialmente, com o acompanhamento de um centro espírita sério.
A doutrina espírita oferece meios claros e eficazes para neutralizar e afastar a presença de espíritos enganadores:
Prática fundamental, recomendada por diversos espíritos superiores, como Emmanuel e André Luiz. Consiste na leitura semanal de um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, seguida de comentários simples e uma prece sincera. Essa prática cria um ambiente de luz e atrai espíritos benfeitores.
A oração sincera, mesmo individual, tem grande poder de elevar a vibração da casa. O ideal é criar o hábito de orar ao acordar e antes de dormir, sempre pedindo proteção e luz para todos os moradores.
Allan Kardec enfatiza que os espíritos inferiores só se aproximam onde encontram afinidade. Se os moradores da casa cultivam o bem, a honestidade e o amor ao próximo, automaticamente repelem a presença de entidades inferiores.
Evite brincadeiras como o “jogo do compasso”, invocações sem preparo, consultas a médiuns desconhecidos ou práticas esotéricas sem fundamento. O espiritismo orienta que a mediunidade deve ser exercida com responsabilidade, conhecimento e sempre em grupo sério e evangelizado.
Em casos mais graves, é indicado procurar uma casa espírita séria, onde a família poderá receber orientações específicas. Algumas instituições oferecem atendimentos fraternos, desobsessões e passes magnéticos.
A mudança real não vem apenas de rituais ou práticas externas. Segundo os espíritos superiores, a verdadeira libertação espiritual começa dentro de cada um. A reforma íntima — ou seja, a busca por melhorar nossas imperfeições morais — é o caminho mais seguro e duradouro para transformar o ambiente e proteger-se de influências negativas.
Apesar dos prejuízos que possam causar, a doutrina espírita nos ensina a não odiar nem temer essas entidades. Eles são espíritos em sofrimento, ignorantes, muitas vezes presos a vícios ou ao orgulho. Com a prece, a vibração amorosa e a firmeza moral, podemos inclusive ajudá-los a despertarem para a luz.
Libertar sua casa da influência de espíritos enganadores é, antes de tudo, um exercício de responsabilidade espiritual. Com base na doutrina espírita, entendemos que o lar é um santuário de aprendizado e deve ser cuidado com amor, disciplina e elevação.
Ao adotar práticas como o Evangelho no Lar, manter a conduta moral elevada e buscar auxílio espiritual adequado, fortalecemos nosso ambiente contra essas influências e criamos um espaço de paz e luz, em sintonia com os espíritos superiores.
Mais do que afastar os maus, o espiritismo nos convida a atrair os bons — e isso se faz, sobretudo, com o coração disposto ao bem.
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