Existem histórias que parecem sair de um livro de milagres modernos — e esta é uma delas. Uma jovem australiana realizou um feito que une ciência, amor e destino: ela recebeu o útero da própria mãe e conseguiu engravidar exatamente pelo mesmo órgão em que foi gerada. Um círculo perfeito da vida que inspira o mundo e mostra até onde a medicina e o amor familiar podem chegar.
Kirsty Bryant, da Austrália, nasceu com síndrome de Rokitansky, condição caracterizada pela ausência do útero funcional, embora seus ovários estivessem saudáveis. Durante o parto da sua primeira filha, precisou fazer histerectomia emergencial por complicações graves.
Transplante uterino da mãe e gravidez subsequente
Para realizar o sonho de ter mais um filho, Kirsty recebeu um transplante do útero de sua própria mãe, Michelle Hayton. Esse é o mesmo útero do qual Kirsty foi gerada. Pouco tempo depois do transplante, foi feita a transferência de um embrião fertilizado (FIV) para esse útero doado, e ocorreu gravidez.

Resultados e repercussão
A gestação progrediu, mas houve complicações: Kirsty chegou a perder o bebê em uma das tentativas e, posteriormente, precisou remover o útero transplantado por risco à saúde. Ainda assim, o caso tem impacto simbólico e científico grande: demonstra a possibilidade de uso de transplante uterino entre mãe e filha para permitir gravidez quando a filha nasceu sem útero funcional.
