Você já ouviu falar em dupla vista ou segunda vista? Esses termos, carregados de misticismo e curiosidade, são abordados de forma profunda pela Doutrina Espírita. De acordo com os ensinamentos codificados por Allan Kardec, a dupla vista é uma capacidade psíquica natural de certos indivíduos, permitindo-lhes perceber o mundo espiritual mesmo estando em pleno estado de vigília.
Neste artigo, vamos explorar o que é a dupla vista no Espiritismo, seu funcionamento, implicações espirituais e por que esse fenômeno atrai tanto interesse de estudiosos e espiritualistas. Vamos mergulhar em um tema inspirador que conecta ciência, espiritualidade e o propósito maior da alma humana.
O Que É a Dupla Vista ou Segunda Vista no Espiritismo?
A dupla vista, também chamada de segunda vista, é descrita no Espiritismo como a capacidade de enxergar além dos limites do mundo material. Trata-se de uma forma de percepção psíquica que permite ao espírito, mesmo encarnado, observar cenas, entidades espirituais e acontecimentos de outros planos dimensionais.
“É a faculdade da alma, que se desprende parcialmente do corpo, e vê o que os olhos físicos não podem ver.” – Allan Kardec, O Livro dos Médiuns
Essa faculdade é classificada como mediúnica, embora nem todos que a possuem sejam considerados médiuns ostensivos. A dupla vista pode se manifestar espontaneamente, em momentos de forte emoção, intuição ou mesmo de oração profunda.

Como Funciona a Dupla Vista?
Visão Espiritual em Estado de Vigília
Diferente do sonho ou da projeção astral, a dupla vista ocorre quando a pessoa está acordada. O espírito do indivíduo entra em um estado sutil de emancipação, permitindo-lhe ver:
- Espíritos desencarnados;
- Cenas do plano espiritual;
- Auras e energias sutis;
- Acontecimentos passados ou futuros.
Ligação com a Glândula Pineal
Estudos esotéricos e espirituais sugerem que a glândula pineal está intimamente ligada à dupla vista. Esta glândula, também conhecida como “o olho espiritual”, seria a ponte entre o corpo físico e os planos mais sutis da existência.
Dupla Vista é o Mesmo que Clarividência?
Apesar de muitas vezes serem confundidos, os termos dupla vista e clarividência espiritual apresentam diferenças sutis. A clarividência é mais ampla, podendo ocorrer de várias formas (em sonhos, meditações, visões rápidas), enquanto a dupla vista é uma percepção consciente e direta do mundo espiritual, em estado de vigília.
Quem Pode Ter a Dupla Vista?
Qualquer pessoa pode desenvolver a dupla vista, especialmente se já possui uma sensibilidade espiritual aguçada. Entretanto, em muitos casos, ela se manifesta naturalmente em crianças, médiuns, e pessoas com maior grau de espiritualidade e intuição.
Entre os sinais de quem possui a dupla vista, destacam-se:
- Sensação de “ver além”;
- Intuições extremamente precisas;
- Visão de espíritos ou vultos luminosos;
- Percepção de ambientes espiritualmente carregados.
Qual o Propósito da Dupla Vista no Caminho Espiritual?
No Espiritismo, a dupla vista não é apenas uma curiosidade paranormal. Ela tem um propósito elevado: ajudar no desenvolvimento espiritual, servir de instrumento de auxílio ao próximo e despertar a consciência para a realidade do espírito imortal.
Entre seus propósitos, destacam-se:
- Ampliar a fé racional;
- Auxiliar no esclarecimento espiritual de outras pessoas;
- Preparar o espírito para a vida após a morte;
- Despertar a consciência da eternidade.
Dupla Vista e Responsabilidade Espiritual
Segundo os Espíritos Superiores, toda faculdade espiritual traz consigo uma responsabilidade. A dupla vista não deve ser usada para fins egoístas ou sensacionalistas. Aqueles que a possuem devem cultivar a humildade, o estudo e o equilíbrio emocional.
“Não é o fenômeno que faz o espírito evoluído, mas o bom uso que se faz dele.” – Espírito Emmanuel
Como Desenvolver a Dupla Vista com Segurança?
Embora não se deva forçar sua manifestação, é possível desenvolver a percepção espiritual por meio de práticas como:
- Estudo sério do Espiritismo (Allan Kardec, André Luiz, etc.);
- Meditação e prece diária;
- Trabalho voluntário em centros espíritas;
- Autoconhecimento e vigilância emocional.
